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Comida em pó ou comida no prato?

Postado por Equipe Pequeno Gourmet

Folhas verdinhas, legumes coloridos, arroz e feijão fresquinhos e uma bela salada de frutas de sobremesa, ou um punhado de farinha sem sabor que diz conter tudo isso, o que você escolheria para encher as barriguinhas aí na sua casa?

Um projeto da prefeitura de São Paulo está dando o que falar: a proposta é transformar alimentos perto do prazo de validade ou fora dos padrões de venda nos supermercados em uma farinha nutritiva, como medida no combate a desnutrição: quem tem fome come biscoitos feitos a partir desse composto e pronto. Essa decisão polêmica ficou ainda mais complicada quando cogitaram  a utilização da farinata como suplemento na merenda das escolas municipais.

Muita coisa importante vem sendo debatida sobre esse assunto, como o consumo elevado de alimentos industrializados e o desperdício, mas nós aqui ficamos cozinhando essa história por um outro motivo: será que o hábito de

suplementos nutricionais e alimentos infantis fortificados não pode estar prejudicando a hora do papá?

Os suplementos nutricionais e a obesidade infantil

É claro que o pratinho cheio é a primeira escolha de 10 entre 10 mamães, só que, às vezes, o fantasma do meu filho não come, vem assombrar nosso juízo e a solução quase sempre vem em lata. Mas essa escolha, em tempos de obesidade infantil crescente, pode não ser a melhor solução.

Hoje em dia, o problema não é mais a falta de nutrientes, mas a qualidade do que é consumido desde cedo.

Os primeiros anos de vida são essenciais para aprender sobre sabores e conhecer a cara do que vai em cada receitinha. Se nesse período a comida de mentira entra no cardápio com frequência, corremos um enorme risco de crescer passando longe da banca de hortifruti.

O problema dos alimentos processados é tão sério a longo prazo que o Guia Alimentar da População Brasileira ressalta em todo seu conteúdo a importância dos alimentos in natura.

Mas como eu faço se meu filho não come?

Mantenha a calma e foque na próxima refeição, fugindo do tal achocolatado que promete todos os nutriente e vitaminas de sobra. Afinal, na grande maioria das vezes, o que sobra mesmo nos suplementos infantis é açúcar e caloria vazia.

Segundo especialistas, o caminho do “não quer, não come” pode ser uma boa medida, mas sem substituições.

Crianças comem quando tem fome, e se a oferta nesses momentos for de alimentos saudáveis, é isso que eles vão comer. Pode dar algum trabalho, mas é preciso começar do começo o processo de introdução de alimentos frescos, reduzindo ao mínimo a oferta de processados.

Então, a pessoinha torcer o nariz pro pratinho cheio de saúde, nada de negociar mais uma colherada prometendo sobremesa ou oferecer outros alimentos.

Tudo é uma questão de planejamento e uma porção de paciência.

Mas os suplementos não podem ajudar?

Em algumas situações bem específicas, podem. Mas é indispensável acompanhamento profissional e uma análise criteriosa das necessidades da criança: se ela está se desenvolvendo, com uma boa curva de crescimento, brincando e feliz, um dia – ou até mesmo um curto período- que não quis almoçar ou jantar não deve ser  motivo de correr para o pózinho mágico que promete curar a falta de apetite.

Respire fundo e mantenha o plano.

Na dúvida, converse com o pediatra ou nutricionista e estudem juntos uma alternativa para o cardápio do filhote.

Comida de criança é fresca, saudável e colorida

Tão importante quanto ingerir nutrientes é fazer a turminha  se interessar pelo que está comendo: o suplemento sabor morango industrializado dá poucas pistas do tem ali dentro e de como é legal comer e brincar com moranguinhos frescos e vermelhinhos.

Uma boa ideia para despertar a atenção dos pequenos é investir em pratinhos divertidos e cheios de histórias, como a gente sempre mostra aqui, mas sem disfarçar nenhum alimento.

Deixe que os gourmetzinhos fiquem por dentro de cada ingrediente do papá.

É assim que eles vão criando hábitos saudáveis e aumentando seu repertório de sabores que começa nas primeiras papinhas e os acompanha pela vida inteira.

E você, o que acha sobre o uso dos suplementos e outros alimentos enriquecidos na alimentação infantil: é necessário ou dá pra evitar?

Divida com a gente sua experiência.

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