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Criança que come bem põe a mão na massa. Nos vegetais. Nas frutinhas.

Postado por Equipe Pequeno Gourmet

Uma das grandes preocupações das mamães e papais na introdução alimentar é o medo da pessoinha dar trabalho pra comer. Ninguém quer que seu bebê seja aquela criança difícil que fala não para um monte de ingredientes. Afinal, além do transtorno na preparação de um pratinho cheio de exigências, ficamos com o coração na mão pensando que pode faltar algum nutriente. Além disso, esse comportamento que começa na infância, se não é corrigido, acaba se estendendo por muito tempo, às vezes, até a idade adulta. Quem nunca conheceu gente grande chata pra comer?

Como faz pra comer de tudo

Aceitar só alguns alimentos ou determinadas texturas tem um nome: seletividade alimentar e ela vem associada a diversos comportamentos como carinha feia, choro e reações que parecem até medo de alguns alimentos. Mas o que será que causa tudo isso? Um dos motivos pode ser muito simples: falta de intimidade com a comida.

Um estudo realizado pelo Universidade de Otago, na Nova Zelândia,  e publicado pelo JAMA Pediatrics, mostrou que crianças estimuladas a comer sozinhas, desde o início da introdução de sólidos, tem uma relação melhor com a alimentação no futuro. A pesquisa acompanhou 206 mães que amamentaram exclusivamente até o sexto mês, algumas contando com o apoio de consultoras de aleitamento, e então iniciaram a introdução alimentar. A conclusão foi que as crianças apresentadas ao método BLW comiam de forma mais natural e prazerosa.

O BLW e a sujeira do bem

Comer com a mão, espremer a comidinha entre os dedos, sentindo a textura e a consistência: é assim que funciona o  BLW.

O Baby-led Weaning propõe a introdução de alimentos sólidos guiada pelo bebê. A ideia é apresentar os alimentos na forma natural e deixar que, sozinhos, os pequenos selecionem o que querem e conseguem levar à boca – ou ao cabelinho, ou ao chão- com a mão mesmo, do jeito que quiserem.

Claro que isso pode fazer uma baita bagunça, parecendo que vai mais comida pro chão do que pra barriguinha, mas, no fim das contas, os bebês ganham autonomia para fazer suas escolhas e decidir quando é hora de comer mais e mamar menos, enquanto desenvolvem, também ,suas habilidades, como os movimentos de mastigação e coordenação motora. Então, esse caos faz parte da descoberta.

A solução tá na mesa

O mais importante dessa história toda é ficarmos atentos ao jeito com que apresentamos os alimentos para as crianças e, também, como nós mesmo nos relacionamos com eles. Se o papai ou a mamãe torcem o nariz para a abobrinha, a chance das crianças virarem a cara para os legumes é enorme. Se mostramos nojinho diante de uma meleca feita de molho e purê, é bem capaz que elas se inspirem nessa reação. Como a gente já falou aqui, a alimentação infantil é construída a partir de exemplos e cabe a nós fazer com que seja o mais variada e completa possível, mesmo que, para isso precisemos repensar nossos hábitos, o que pode render mais saúde pra todo mundo.

Aqui no Pequeno Gourmet, a gente estimula o contato com todos os alimentos e também a sujeira positiva. Afinal, roupinhas manchadas duram bem pouquinho e a alegria das pessoinhas  na frente de um prato bem colorido é pra toda a vida.

E aí na sua casa, a hora do papá é uma bagunça organizada ou uma grande aventura?

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