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Mel é uma delícia e faz super bem para a saúde. Mas, cuidado: os menores de 1 ano não devem nem passar perto! Isso porque, segundo a Anvisa, no mel há a possibilidade de ter esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal. Mesmo sem casos da doença no Brasil, a organização leva em conta dados, estudos e publicações científicas sobre contaminação do mel brasileiro com Clostridium botulinum. E olha só o resultado: das 100 amostras analisadas (comercializadas por ambulantes, mercados e feiras livres, em seis estados brasileiros), 7% estavam contaminadas com o bacilo.

O que é o botulismo

O botulismo intestinal é um modo de transmissão da doença e ocorre com maior frequência em bebês que tenham entre 3 e 26 semanas e está associado à ingestão de esporos da bactéria presentes em alimento contaminado. Por não possuírem micro-organismos capazes de inibir a bactéria, nas crianças, a bactéria pode se multiplicar de forma descontrolada e causar o botulismo. Quando não tratada a tempo, a doença pode levar à morte. Além de apresentar uma longa recuperação, o botulismo dificulta os movimentos respiratórios.

Em adultos sem problemas relacionados à flora intestinal, o consumo desses esporos nos alimentos não gera qualquer tipo de problema para a saúde. “A vigilância sanitária está trabalhando com o princípio da precaução, uma vez que o alto teor de açúcar e a baixa atividade de água, próprios do mel, impedem a germinação do esporo e, consequentemente, a produção da toxina”, finaliza Maria Cecília Martins Brito, diretora da Anvisa. Mas o Pequeno Gourmet acredita no velho e sábio ditado: é melhor prevenir do que remediar, não?

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Fontes: Anvisa , FDA