Estamos na Semana Mundial de Aleitamento Materno e mais uma vez me vejo ensaiando para escrever um post sobre o tema. Ao contrário da experiência de redigir a primeira receita: leite materno, a inspiração para este aqui veio na contramão, dos relatos de outras mamães, seguidoras do Pequeno.
Mesmo sabendo que espera-se que os nossos textos durante este período seja voltado para incentivar a amamentação, eu simplesmente, não consigo pensar em outra coisa que não, a mamadeira.
A minha relação com este apetrecho nunca foi das melhores, regada a muito ciúme e competição. Afinal lidar com o fato do meu bebê preferir mamar em um objeto que tem a pretensão de imitar o meu peito, não foi nada agradável. Que dirá ver o meu leitinho secando a ponto de não ser suficiente para encher a mamadeira e tampouco barriguinha do filhote.
As narrativas das mães foram singulares, repletas de muita verdade. Porém todas as histórias tinham dois pontos em comum, muito amor e dedicação ao alimentarem os seus bebês e o sentimento de frustração por não terem conseguido amamentá-los.
Fiquei pensando no quanto eu fui injusta com a mamadeira, no quanto eu fui dura comigo mesmo e na ausência de acolhimento que existe assim que a mãe “desiste” de tentar amamentar. Nós não desistimos, porém é fato que perdemos esse embate que nos dispusemos a lutar e, admitir essa perda não é nada fácil. Saímos machucadas. Mas é preciso também reconhecer a relevância dessa batalha e no quanto ela nos transformou nas mães que somos hoje, no exemplo que estamos dando para as recém-chegadas ao nosso time.
A importância do aleitamento materno acaba sendo diminuída se for encarada como uma competição de quem conseguiu ou não amamentar, ou por quanto tempo. Casos de sucesso são motivadores, mas histórias como estas que eu li são inspiradoras. Mães que acreditam e defendem o poder do leite materno, mas que sabem que a fórmula, também, é capaz de salvar vidas.